Wednesday, February 18, 2009
ALMIR MAVIGNIER
Almir Mavignier nasceu no Rio de Janeiro em 1925. Iniciou a sua formação artística no início da década de 1940 com Arpad Szenes, Axl Leskoschek e Henrique Boese. Em 1946 funda o, assim designado, Ateliê de Pintura e Modelagem da Secção Terapêutica do Hospital do Engenho de Dentro.
Por influência da Tese “A influência da teoria da Gestalt sobre a obra de Arte” da autoria de Mário Pedrosa, inicia estudos na área da abstracção. Uma Bolsa de Estudos leva-o no início da década de 50 para Paris e, logo de seguida, em 1953, para a Alemanha onde integra a primeira turma da Hochschule für Gestaltung Ulm, onde estudou comunicação visual com Max Bill. Integra, entre 1958 e 1964, o Grupo Zero com Heinz Mack, Otto Pienne, Yves Klein e Jean Tinguely e organiza a primeira mostra internacional de Op Art, na antiga Jugoslávia, em 1960.
Particularmente notáveis são os seus cartazes dos anos 60, 70 e 80, aproximando a geometria abstracta de uma interpretação autónoma da linguagem formal da Escola Suiça. Mavignier vive e trabalha na Alemanha.
Sunday, February 15, 2009
Quando comparados, o plano tecnológico português e a agenda tecnológica da presidência Obama-Biden, uma diferença salta à vista: no plano Obama a inovação tecnológica raramente aparece entendida com um fim em si mesmo mas, antes, como um instrumento de auxílio da inovação sócio-política.
No site oficial do Plano Tecnológico – site aliás banalíssimo, desenhado pela empresa Webdote - lê-se:
“O Plano Tecnológico é uma agenda de mudança para a sociedade portuguesa que visa mobilizar as empresas, as famílias e as instituições para que, com o esforço conjugado de todos, possam ser vencidos os desafios de modernização que Portugal enfrenta. No quadro desta agenda, o Governo assume o Plano Tecnológico como uma prioridade para as políticas públicas.”
Como escreveu Mário Moura “Não se pode falar de identidade em Portugal sem falar de periferia e de atraso. É assim que nos descrevemos a nós mesmos; é esse o diagnóstico que já está feito há muito. Uma das soluções pode ser, segundo parece, o design. Nos telejornais e nos tempos de antena, o design é inovação, pode ajudar-nos a recuperar do nosso atraso, a aliviar a nossa condição periférica.”
Inovação, Tecnologia & Design tornaram-se palavras-francas de um tecnocracês politicamente correcto. A banalização das palavras – tendencialmente contagiadora de uma banalização das acções – é tão mais preocupante porque anula a sua emergência.
Num outro sítio expressei a minha desilusão com o debate sobre design promovido em Davos. De algum modo esse debate mostrou sinais de uma legitimação por parte dos designers desta visão superficial do design.
E no entanto, não renego a importância do design na reacção à crise; não contesto a importância da inovação, nem da tecnologia. Pelo contrario defendo, a necessidade de uma, melhor definida, agenda, que requisite o design no desenvolvimento de estratégias de inovação sócio-política, orientada para três grandes campos de intervenção: o campo material; o campo psicológico e o campo cultural. No trabalho, simultaneamente de intervenção, exploração e resistência a desenvolver no campo cultural - na exploração de novas alternativas às estruturas sociais e económicas; na exploração de novas possibilidades, rasgando horizontes utópicos sobre o espaço, mesmo, do plano imaginário e ritual; na democratização do espaços públicos e público-mediáticos; na intensificação de uma perspectiva crítica sobre as coisas – reside, creio, a base para uma renovação das práticas do design, condição de possibilidade para a necessária eficácia do design sobre a crise – genericamente crise de modelos e valores – que afecta a contemporaneidade.
Saturday, February 07, 2009
EXPANDING ARCHITECTURE: CONVERSATIONS ON DESIGN AS ACTIVISM
Atlanta Expanding Architecture Conversations on Design as Activism Part I from Metropolis magazine on Vimeo.
Atlanta Expanding Architecture Conversations on Design as Activism Part II from Metropolis magazine on Vimeo.
Atlanta Expanding Architecture Conversations on Design as Activism Part III from Metropolis magazine on Vimeo.
Atlanta Expanding Architecture Conversations on Design as Activism Part I from Metropolis magazine on Vimeo.
Atlanta Expanding Architecture Conversations on Design as Activism Part II from Metropolis magazine on Vimeo.
Atlanta Expanding Architecture Conversations on Design as Activism Part III from Metropolis magazine on Vimeo.
Wednesday, February 04, 2009
Chama-se Ensaio um novo espaço de reflexão sobre design na minha autoria. O Ensaio e o Reactor vão coexistir, creio que naturalmente, face às diferenças entre os dois blogues. Se o Reactor se caracteriza por uma maior diversidade de conteúdos e registos (da entrevista à recensão), bem como por uma assumida indefinição relativamente à periodiciadade de actualização, no Ensaio serão publicados apenas textos de reflexão, em particular sobre questões de agenda cultural e política do design, publicados a um ritmo regular de dois por semana. Aguardo a vossas leituras e comentários.
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PERFIL
- REACTOR
- REACTOR é um blogue sobre cultura do design de José Bártolo (CV). Facebook. e-mail: reactor.blog@gmail.com