Thursday, January 29, 2009

012


Gostaria de vos dizer que passei esta cinzenta manhã de quinta-feira sentado no meu velho sofá, em frente da lareira, entre baforadas de cachimbo, a ler o livro do ilustre Professor (estou certo que deve ser Professor) Gail Sheehy mas, infelizmente, este idílico retrato não corresponderia minimamente à verdade. Até porque não tenho lareira nem fumo cachimbo.Organizei, isso sim, algumas notas avulsas que havia apontado nos últimos dias e que agora partilho.

Morreu Shigeo Fukuda, notável pessoa e extraordinário designer. As homenagens, merecidas, vão-se repetindo e através delas a necessária revisitação de uma longa obra desenvolvida ao longo de meio século. Como alguém escrevia “larga vida al Maestro Fukuda”. E larga vida al Maestro Siza sobre quem o Guardian publica um artigo, Hail Siza! Também por estes dias correu a notícia do fim dos Designers Republic, julgo que à semelhança daquelas bandas míticas que se voltam a reunir depois de se terem separado este “fim” não será ainda um “Fim”. Entre as bandas que gostávamos de ver num último concerto estão os Joy Division, na impossibilidade de Curtis regressar do além, resta a memória, vejam-nos no filme de Grant Gee na Pitchfort.Tv. Deixe-me ver se ainda tenho mais algumas notas (às vezes não percebo a minha letra!)... sim, posso referir ainda, o blogue de Barney Bubbles (será mesmo este o nome dele?), 85 apontamentos do (sempre em forma) Michael Bierut e, por fim, uma boa e fresquinha notícia O New York Type Directors Club noticiou os vencedores da TDC55, dois certificados de excelência foram atribuídos ao Studio Andrew Howard um pelo livro Gateways (Silo-Espaço Cultural/Fundação de Serralves), e outro pela revista periódica Mãos (Crat – Centro Regional de Artes Tradicionais). Parabéns Andrew!

Wednesday, January 28, 2009

DEMASIADOS LIVROS?


O facto de ser, em absoluto, um bloguer amador sempre me deu tranquilidade para escrever em função da necessidade e da disponibilidade. Embora me sinta um bloguer rápido – muitos textos são escritos directamente na página do Blogger e editados à primeira versão – não consigo evitar que, em alguns períodos, me torne um bloguer lento, perante a inexistência de tempo para a escrita bloguistica. São várias as ocupações que me tomam esse tempo e entre elas, razão de ser deste texto, uma que tende a prevalecer sobre a escrita: a leitura. Há muito que me impus a disciplina de ser mais leitor do que escritor, daí que quando o tempo escasseia a escrita se ressinta inevitavelmente mais do que a leitura.

Li ontem o livro de Gabriel Zaid, recentemente publicado na Temas e Debates numa tradução de Miguel Graça Moura e com uma paginação e capa desagradáveis, Livros De Mais: Ler e Publicar na era da abundância, que se inicia com uma interessante chamada de atenção ao leitor impenitente: “A leitura de livros cresce aritmeticamente; a escrita de livros cresce exponencialmente. Se a nossa paixão pela escrita não for controlada, num futuro próximo haverá mais gente a escrever livros do que a lê-los. “ sendo esta disseminação do objecto escrito intensificada no actual contexto do que Zaid chama de “reprodução e distribuição sem armazenagem” da edição web e do printing on demand.

A minha leitura do livro de Gabiel Zaid coincidiu com a escrita de um ensaio sobre as transformações modernas da escrita e da leitura, a partir do Século XVII período em que o quadro epistémico da escrita e da leitura se altera profundamente: Desenvolvimento da imprensa, do mercado editorial, das oficinas tipográficas, do desenho das fontes tipográficas - graças à influência de Claude Garamond ou dos Setecentistas Caslon, Baskerville ou Didot – dos media associados ao processo de escrita e de leitura, do valor de mercado do objecto impresso e da sua “invenção” como objecto de comunicação pública massificada – que coincide com o surgimento de uma nova disciplina: o Design -, transformação dos hábitos de leitura – que, com a Modernidade, se torna silenciosa, privada, critica -, criação das grandes bibliotecas públicas e multiplicação das Bibliotecas privadas e do impulso bibliófilo – que o burguês desenvolve, por vezes, ostensivamente -, proliferação de novos objectos impressos – jornais, cartazes, anúncios, catálogos, panorâmas, meios de propaganda -, desenvolvimento de sistemas de sinalética e novas linguagens cartográficas – que acompanham o crescimento das cidades -, aparecimento de objectos impressos de comunicação efémera e meios de merchandising, tudo isto ocorre em simultâneo com o desenvolvimento de uma nova maquinaria da representação, de novas práticas discursivas, do surgimento, enfim, de uma nova cultura visual – verbal e não verbal – de uma nova cultura política – um biopoder – de uma nova economia do saber, do fazer e do poder, que se impõe sobre o homem moderno.

É a evolução dessa economia do saber, hoje disseminada e intensificada, regulada por uma lógica neo-liberal, que tende a definir os procedimentos de leitura (ou recepção) e de escrita (ou produção). O elogio da produção, há muito, leva-nos a produzir mais do que somos capazes de consumir. Ora este princípio da produção insustentável generalizou-se. Encontramo-lo nas Universidades e Centros de Investigação – os académicos são verdadeiramente condicionados a escreverem muito e a lerem pouco – encontramo-lo nos gabinetes de design – estando os designers a tornarem-se emissores hiperactivos e, na correspondente medida, frágeis receptores.

Foi também na sequência da leitura do livro de Zaid que ontem decidi que o próximo texto para o Reactor seria um texto sobre leitura que, agora simplifico, tornando-o um texto sobre leituras, as leituras presentes.

Depois de lido, com o prazer que espero ter expressado no meu texto anterior, o livro do Mário Moura, Design em Tempos de Crise e pequenos ensaios sobre e entrevistas com o fantástico designer iraniano Reza Abedini numa das “Visions of Design” da IndexBook. Estou agora a reler – com um cuidado que não havia colocado na primeira leitura – o livro Ética I – Estrutura da Moralidade, de Sottomayor Cardia de quem fui aluno. As próximas leituras serão aliás releituras: da entrevista, de que gosto muito, de Godard com Serge Daney, publicada na edição da Cinemateca Godard 1985-1999; da entrevista de Bruce Mau com Steven Heller publicada no “velho” número 38 da Eye, número excelente no qual não resistirei, seguramente a reler os artigos de Jessica Helfand e o de Andrew Howard “Design beyond commodification”.

Para o fim da semana, se a leitura das muitas frequências dos meus alunos me deixarem ainda forças, vou ler o Poço e o Pêndulo de Edgar Allan Poe editado, na elegante colecção literatura portátil, da Alma Azul.

Tuesday, January 20, 2009

mariomoura


“As interpretações ou juízos de um verdadeiro crítico são simultaneamente imparciais e subjectivos, exige-se-lhes objectividade e simultaneamente o valor de um testemunho pessoal.” José Régio, “Divagação à roda do primeiro salão dos independentes” Presença, 27, Junho-Julho, 1930.


São raríssimos os textos de crítica de design publicados em língua portuguesa. As razões de tal desinteresse nunca foram verdadeiramente debatidas, resolvendo-se o debate com uma resposta seguramente apressada de que a maioria dos designers não sabe escrever e que a maioria dos “teóricos” (entenda-se, pessoas formadas em história ou filosofia por exemplo) não se interessa por design. A verdade é que a figura do crítico, de design como de qualquer outra área, em Portugal sempre foi uma “personagem castigada” (e não digo que às vezes o não merecesse) fosse a sua função valorizada ou desvalorizada. De facto, o fracasso da crítica tanto se evoca para responsabilizar o crítico pela insipiência do meio artístico em Portugal (acusação, frequentemente formulada com má-fé, que cai bem se vier acompanhada com a citação da célebre frase de Óscar Wilde, “onde não há crítica de arte, não há arte.”), como para enfatizar a ideia de não ser o crítico efectivamente um intermediário entre os criadores e o público, seja por incompetência, seja por excesso de competência (utilizando uma linguagem inacessível).

Considero, como defendi já em vários textos, a existência da crítica fundamental. Edgar A. Poe dizia que “the critic occupies the same relation to the work of art that he criticises as the artist does to the visible world.”. Agindo em diferentes planos autorais de criação, que lhes definem diferentes responsabilidades e competências, designer e crítico de design deverão ser protagonistas de um processo de construção de uma autêntica cultura de design.

Mário Moura faz parte desse grupos de personagens raros – raríssimos - e no entanto determinantes que são os críticos de design portugueses. O seu protagonismo dentro da crítica de design contemporânea é, como se sabe decisivo, parecendo-me que (identifiquemos mais ou menos com o universo teórico construído) há actualmente em Portugal uma ideia de crítica – e inclusivamente um estilo de crítica – e um objecto – ou em bom rigor um conjunto de objectos ligados à relação do design com alguns temas políticos e culturais, à prática profissional do design, à educação e à reflexão sobre as politicas de financiamento público – que em grande medida foi sendo definido por Mário Moura, sobretudo desde a criação do blogue The Ressabiator.

Cinco anos volvidos desde a publicação do primeiro texto no The Ressabiator, parece-me também que embora os textos mais recentes sejam em alguns casos mais polémicos ou fracturantes, a reacção que eles suscitam evoluiu da acusação mal-formulada e da reacção ressabiada aproximando-se hoje de uma autêntica (e por vezes bem participada) discussão, reveladora de um consenso mais generalizado acerca das ideias de Mário Moura, consenso resultante de um contraditório semanal sistemática e coerentemente proporcionado pelos textos publicados por Mário Moura ao longo destes anos.

O recente livro (um objecto sedutor que convida à leitura desenhado pelo Pedro Nora e pela Isabel Carvalho) de Mário Moura, Design em Tempos de Crise, é uma antologia de textos, reunidos como testemunhos reflexivos de uma mesma hipótese teórica, a de que “O design, sem se dar conta, serve a ideologia neo-liberal”. O que poderia parecer “uma acusação contraditória, até injusta, porque nunca tantos designers se preocuparam tanto com a politica como nos últimos tempos. Nunca houve tantos projectos que se propusessem resolver, através do design, os problemas sociais e humanitários do mundo – ao ponto de haver quem pergunte (com muito pouca ironia) se os designers não alinharão, naturalmente, à esquerda. No entanto de boas intenções está o inferno cheio, e é precisamente quando o design quer ser mais activamente politico que acaba por servir mais eficazmente a agenda neo-liberal.”

Os textos estão reunidos por quatro temas e organizados cronologicamente:

O discurso politico do design reúne nove textos onde as questões da acção politica do design, da ética e do confronto entre valores do design e valores da cultura neo-liberal são recorrentes. A visão do design que daqui resulta é a de “uma disciplina normativa e, essencialmente, criadora de conformidade. Seria possível afirmar que resolve problemas sem realmente os problematizar. Na realidade, não os resolve mas dissolve-os em soluções supostamente universais”, tornando-se assim um processo light de criação de consensos em vez de um processo critico de questionação de problemas.

Design Depois da Revolução, reúne apenas dois textos ambos de reflexão sobre a vivência actual da revolução 25 Abril e a constatação de que “até a revolução pode ser reduzida a merchandising”.

O Design Enquanto Emprego (talvez o capítulo menos entusiasmante do livro) reflecte sobre a profissionalização do designer e muito do que ela envolve, dos estágios à sensação de desadequação do designer-Bartleby.

Finalmente, Um Emprego Nas Artes, explora as ambiguidades que o trabalho do artista e do designer, seja ele pretensamente alinhado ou desalinhado, envolve num contexto onde “alinhamento” se parece dar independentemente da sua vontade, concluindo Mário Moura que “Ao nível social, o modelo do artista auto-sustentado, auto-subsidiado, que tem um emprego para ganhar dinheiro, mas cuja verdadeira carreira consiste em investir fora de horas esses ganhos na sua própria arte, esbate as distinções entre tempo livre e trabalho, amadorismo e profissionalismo, produção e consumo, sendo o exemplo acabado de subjectividade neo-liberal.”. É no interior desta ambiguidade neo-liberal, contaminado por ela, que a acção do designer é reflectida neste livro de Mário Moura. E contudo este Design em tempos de crise não é um livro negro e pessimista, fazendo um retrato, entre o ácido e o irónico, do design nestes tempos, não nos empurra nunca para um beco, fazendo da capacidade de problematizar um meio de discussão de soluções. Porque se os problemas são identificados – recorrentemente – não deixa de haver espaço para soluções: “Como evitar isto tudo? O antídoto tradicional para os consensos forçados costuma ser a consciência crítica...”

Thursday, January 15, 2009



O Editorial de hoje é da autoria de um editor-convidado, Ernesto de Sousa. Trata-se de uma homenagem a um dos mais extraordinários operadores (tal como ele próprio se considerava) da cultura artística portuguesa contemporânea - a cuja obra daremos, brevemente, maior destaque - mas também uma homenagem às ideias, inquietações e afinidades que ele, neste texto, evoca. E aqui uma segunda referência autoral merece ser destacada, a de Armando Alves notável designer cuja influência no design português contemporâneo está ainda por estudar. De resto, ao lermos o texto de Ernesto de Sousa comentando uma exposição de trabalhos de Armando Alves, não podemos deixar de sentir a importância e actualidade que uma tal exposição hoje teria.

"A história das artes gráficas em Portugal está por fazer. A iluminura, os incunábulos, a imprensa de caracteres soltos não foram ainda objecto de um estudo de conjunto que seria de grande utilidade. No começo deste século; coincidindo com a renovação dos processos de reprodução mecânica, verificou-se um grande apuro técnico e um rigor de trabalho oficinal que ainda não foi excedido: a transformação da pequena oficina para a grande unidade industrial põe problemas de tecnologia que ainda não foram inteiramente resolvidos. Em compensação com o movimento cultural e artístico que foi designado por «modernismo», as nossas artes gráficas alcançaram uma decidida expressão moderna. A este surto não foi indiferente, alguns anos mais tarde, o desenvolvimento da publicidade. Mais recentemente, depois de um período de estagnação, intimamente relacionadas não só com a publicidade como com a decoração e a arquitectura, surge entre nós um movimento de renovo gráfico, notável sobretudo quando no livro, por exemplo, atinge um grafismo de categoria internacional. A este movimento, dentro do qual se podem citar os nomes de Manuel Rodrigues, António Garcia, Sena da Silva, e sobretudo Sebastião Rodrigues - cuja importância na utilização de novas técnicas, nomeadamente a fotografia, é decisiva -pertence Armando Alves.

Consciente do que se exige hoje de um artista gráfico, Armando Alves é um técnico. Pintor, frequenta a oficina de litografia; conhece os processos e os materiais; sabe das nossas dificuldades técnicas e da exigência a que somos obrigados para as vencer. Creio, por isso, que esta exposição merece o aplauso unânime de todos nós - porque, quem é que não depende hoje, directa ou indirectamente, das artes gráficas?"

Thursday, January 08, 2009



Tempo de listas, tempo de crise e tempo, ainda, para uma (pelo menos) boa notícia, são os primeiros detaques em fast forward do ano. Bem Vindos!


futuro

Teve lugar nos dias 10, 11 e 12 de Dezembro na FIL em Lisboa o encontro europeu para a inovação social e cooperação transnacional, tendo como mote Projectar um Novo Futuro. A qualidade dos intervenientes e a relevância das questões debatidas e das propostas de solução apresentadas justificava uma maior atenção sobre um evento que, estranhamente, foi pouco valorizado. Entro os participantes estiveram Washington Rimas do Afroreggae Cultural Project, Danièle Touchard, Nicholas McKinlay ou Etienne Wenger de quem citamos parte da comunicação apresentada:

"The key success factor we've found is learning citizenship where learning citizenship is a personal commitment to seeing how we are as citizens in this world. Let me give you an example: I know an oncological surgeon in Ontario, Canada who asks himself how to provide the social infrastructure for patients to learn about cancer. An act of learning citizenship is to be able to use who you are to open this space for learning. I've come to call these people social artists, people who can create a space where people can find their own sense of learning citizenship.

"I love social artists. In fact I worship them. First because social artists know how to do what I only know how to talk about; and second because I care about the learning of this planet. I think we are in a race between learning and survival. We live in a knowledge economy where any expertise is too complex for any one person. One person can't be an expert so anyone who can give voice to that need to work together is a social artist."



socialdesign

Joana Bértholo criou, nos primeiros dias de Dezembro, o blogue On Social Design que, mesmo com poucas semanas de existência, é já uma referência pela qualidade dos conteúdos mas também pela qualidade formal com que são apresentados. A seguir, pois, com atenção.



crise

No Design Observer, Michael Bierut volta a reflectir sobre a crise o artigo chama-se “Designing Through the Recession” e diz-nos o que devemos fazer perante uma recessão. Sobre o mesmo tema, mas considerando-o numa perspectiva mais histórica, Michael Cannel publicou no New York Times “Design Loves a Depression” .



listas

E agora as inevitáveis listas: São mais os maus do que os bons mas o Defamer lá se esforça por eleger os melhores e os piores cartazes de 2008.

Mais interessante (e séria) é a lista dos melhores e piores logos proposta pela Brand New.

O CRBlog elencou as melhores capas de discos de 2008 .

Se, depois disto, ainda aguenta mais umas listas, pode "dar um salto" até aqui.



mariomoura

Há muito que o aguardavamos, a publicação em livro de uma antologia de textos do mais coerente e persistente crítico de design português. Ele aqui está, chama-se Design em Tempos de Crise e será apresentado já amanhã no Passos manuel a partir das 22h30. Parabéns Mário Moura.

Tuesday, January 06, 2009




Se ver é ser, o meio é a mensagem e o design é a realidade. Cada meio intermedeia, mas esse intermediar não é neutro, porque aquilo que o meio liga do lado de quem age e do lado sobre o qual a acção recai surge conforme o tipo de presença e de possibilidades do próprio meio, seja ele a rádio, a televisão, o computador ou o telemóvel. As pessoas, as comunidades, as sociedades organizam-se à volta das coisas. As coisas fazem a acção.

(...) O que as coisas são é o significado que têm. Esse significado assenta na relação que uma coisa tem com as outras. (...) A coisa é o seu design e o seu design é o seu significado. Os significados das coisas não residem no bem material nem nos bens que rodeiam esse mesmo material, mas nas relações-em-que-estamos-imersos-com-as-coisas, as quais hoje em dia são essencialmente construídas na imaterialidade e num contexto hiper-real.

(...) Nessa hiper-realidade, o design é, por excelência, a fábrica de sugestão de significados e possibilidades. Com o tempo, as variações de design, puro e simples, sobre as coisas e conceitos materialmente ou hiper-realmente semelhantes, constituir-se-ão como uma actividade económica de per si. Não se trata de utilizar o design ou de tirar partido do design para facilitar o uso ou a difusão de determinado produto ou serviço. Trata-se também disso, é certo, mas trata-se sobretudo de trabalhar e pensar a mesmíssima coisa, seja ela material ou imaterial, e de através do design sugerir novas e originais cargas de significados e relações.

Fernando Ilharco, O Design da Realidade, IN A Questão Tecnológica, 2004.

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REACTOR é um blogue sobre cultura do design de José Bártolo (CV). Facebook. e-mail: reactor.blog@gmail.com