Friday, March 23, 2007
Reactor | Entrevista
No dia 02 de Abril o REACTOR dará início à publicação de uma série de entrevistas, feitas com personalidades de diversas áreas - da literatura ao cinema, da semiótica à física – tendo como objectivo construir uma espécie de cartografia dos modos de ver e entender o design contemporâneo desenvolvidos a partir do seu exterior. Esta primeira série de entrevistas antecipa uma segunda série feita, exclusivamente, com profissionais do design (cuja publicação iniciar-se-á a 02 de Maio) que, dentro da mesma lógica de reflexão, permitirá auscultar os modos de ver e entender o design desenvolvidos a partir do seu interior.
Ficam as questões relativas à primeira série de entrevistas:
1. Há um post no Reactor intitulado “O estado do design”. O que é que este título lhe sugere actualmente?
2. A palavra design identifica cada vez menos um campo disciplinar definido, passando a remeter para uma campo de criação híbrido e difuso. Corresponderá isto a um fracasso ou a triunfo do design sobre a cultura contemporânea?
3. Há um conceito estruturante do pensamento projectual do Walter Gropius que é o conceito de “design total”, a ideia é, em síntese, a de que ao designer compete a definição intencional das modalidades de relação social, o design seria, assim, uma disciplina de definição politica. Não lhe parece que este “exercício político” do projecto é tão mais eficaz quanto mais imperceptível for e, neste sentido, o carácter difuso do design não poderá ser um sinal da sua eficácia?
4. Se lhe pedisse uma definição de design…
5. O design sempre se caracterizou pela inexistência de um consenso programático, hoje talvez mais evidente devido à falência dos verdadeiros projectos colectivos, a teoria do design sempre oscilou entre uma interpretação do designer enquanto um “agente social” e uma interpretação do designer enquanto um “agente do mercado”, parece-lhe haver sentido nesta distinção?
6. Perante o relativismo dos valores (e, em particular, dos valores do design após a crise do projecto moderno) não será importante os designers mostrarem que existe uma diferença profunda entre a “ética individual” e a “ética disciplinar”? Quero dizer, os valores que orientam o design não podem ser relativos aos valores que guiam o comportamento dos seus profissionais…
7. Historicamente, o design foi sendo pensado como uma disciplina de “dimensão utópica”. Ainda há espaço para utopias no mundo contemporâneo?
8. Recordo-me de uma utopia particular, “Xanadu” do G. Nelson. Como olha para o actual estado do ciberespaço e da blogosfera em particular?
9. Quais são os seus blogues de referência?
10. Que pergunta acrescentaria a esta entrevista? E que resposta ela lhe mereceria?
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PERFIL
- REACTOR
- REACTOR é um blogue sobre cultura do design de José Bártolo (CV). Facebook. e-mail: reactor.blog@gmail.com
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