Wednesday, July 01, 2009
“In the beginning there is nothing. It starts very small and becomes bigger.” Pina Bausch
Conheço apenas um texto, publicado num colóquio sobre dança, que procura analisar a importância de uma geração de magníficos coreógrafos no modo como o Tanztheater da Alemanha Ocidental contribuiu na renovação de linguagens visuais que, nascendo no contexto do palco, afectam o design gráfico contemporâneo. São cinco esses precursores, curiosamente todos formados na FolkwangSchule que, alguns, já disseram ser (sublinhadas as diferenças), do ponto de vista das linguagens cénicas, uma distinta herdeira da Bauhaus: Reinhild Hoffmann, Susanne Linke, Gerhard Bohner, Johan Kresnik e Pina Bausch.
Pina Bausch morreu ontem. Os seus pés (aqueles longos pés), as suas mãos (aquelas impressionantes mãos), o seu corpo (gracioso, luminoso) evaporou-se num movimento de dança. Ausentou-se do palco e, no entanto, a sua presença é ainda radiosa, imensa, comovente.
Recordo-a aqui como ontem a revi, Principessa Lherimia no belíssimo E La Nave Va de Fellini, um requiem.
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