Wednesday, September 02, 2009
SOMETIMES I WONDER
por John Getz
De entre os agora anunciados finalistas para os On-line Journalism Awards 2009 , distinção atribuída pela ONA, gostaria de fazer três destaques.
Primeiro destaque para a Publish2 que considero um bom exemplo do actual Social Journalism. Trata-se de uma rede colaborativa que permite, explorando a participação web, uma permanente edição de notícias e comentários. As edições online dos jornais de referência caminham, a ritmos diferentes, para soluções idênticas ao Publish2 sob o risco das notícias serem editadas nesses jornais sempre tardiamente em relação ao seu anúncio no Twitter ou Facebook.
Um segundo destaque para o Attributor. Alvin Toffler dizia, há anos, que em breve se esbateria a separação entre consumidor e produtor, entrando-se na era do prosumidor. A importância dos processos DIY, da livre edição e a facilidade de construirmos a nossas próprias redes vai impondo, actualmente, alterações nos processos de construção e circulação da informação e, consequentemente, no modo como os modelos sociais se organizam e regulam pela sociedade de informação.
Terceiro destaque para o Design Observer. Há pouco tempo seria ainda improvável que um blog especializado em design tivesse, em número de leitores e em influência (as coisas tendem a andar associadas, embora nem sempre), a importância do Observer. Sintomaticamente, acusando a responsabilidade, o Design Observer vem registando uma evolução, abertura talvez, ao nível dos conteúdos. De um blogue de crítica do design gráfico passou-se gradualmente para um blogue mais diversificado ao nível dos conteúdos. A par dos textos críticos, frequentemente polémicos, sobre questões da actualidade por vezes articuladas com referências à história do design, encontramos agora uma abertura ao campo da arquitectura e urbanismo, dos novos media e de outras extensões sociais e culturais do design. Por outro lado, entrando no Design Observer hoje em dia o menu apresenta-nos uma oferta mais diversificada, com pratos rápidos e fáceis de assimilar pelos olhos (como os portolio) até algumas iguarias mais gourmet destinadas a palatos mais exigentes. As consequências destas alterações são curiosas: o design observer assemelha-se hoje a um jornal online de referencia, com tiques de instituição, tendo perdido grande parte do contraditório suscitado pela discussão e, actualmente, posts sem nenhum comentário começam a surgir com frequência, como se no meio de tamanho festim fossemos dispensando, para o bem e para o mal, tanto as recomendações como as congratulações.
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