Wednesday, May 06, 2009

hmreading



Não fiz referência, aqui no Reactor, ao recente falecimento de Augusto Boal.

Não conhecia a sua obra tão bem quanto desejaria mas dela conhecia o suficiente para saber que era muito mais do que teatro, era uma estratégia, a muitos títulos radical, de fazer cultura e política que me seduziu (e seduz) verdadeiramente. Por mais do que uma vez arrisquei, em textos ainda inconclusos, estabelecer uma relação entre o Teatro do Oprimido de Boal e um programa para uma prática colaborativa de design. Não será ainda este o momento de o fazer. De resto, deixo as palavras saltarem para o post na sua dispersão. Tinha pensado escrever sobre o projecto Department of Reading, voltando assim a uma reflexão sobre as questões da escrita e da leitura na contemporaneidade que vêm interessando. Mast al como já sucedeu em outros momentos (recordam-se ?) perdi-me, errante, em furtivas leituras que me levaram até aqui. A última coisa que li, antes de começar a escrever, foi este artigo no NY Times. Depois da arte nos hóteis (notícia já de si improvável), sucederam-se as mais improváveis associações: lembrei-me da “Queima” por ter estado a seleccionar materiais para os meus alunos, o que me fez lembrar de um livro, o recente Never Sleep: Graduating to Graphic Design que não sei porquê me levou a pensar no projecto da Leo Burnett Lisboa que através de uma aplicação para o Firefox muda, em todos os sites, a palavra “crise” por “oportunidade”. Terá sido esta “passagem” da crise para a oportunidade que me fez pensar em Boal. E por aqui termino.

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REACTOR é um blogue sobre cultura do design de José Bártolo (CV). Facebook. e-mail: reactor.blog@gmail.com