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MANIFESTO DE BARCELONA
Devemos recuperar a tensão utópica das origens do design.
Se o design é a alegoria da transformação possível, é necessário que esta mensagem possa chegar ao maior número de pessoas, essas mesmas pessoas que, pese todos os processos de alienação, continuam a ser as potenciais responsáveis pela transformação social.
Nos dias de hoje, os mecanismos induzidos pela revolução informática engolem qualquer ideia para a vomitar em forma de mercadoria.
Torna-se urgente, no decurso da próxima década, para começar encontrar as formas adequadas capazes de limpar de redundância a ideia de transformação social, diferenciando esta reivindicação de todas as anarquias irresponsáveis que negam e banalizam a pulsão para a Utopia impossibilitando, desta maneira, o efectivo envolvimento social.
Entretanto, valeria a pena generalizar esta ideia: a ética é o objectivo de todo o projecto de design (ideia análoga ao juramento de Hipócrates).
Enzo Mari, Janeiro de 1999.
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